[MINI-AVENTURA] O Alvorecer - Petter Pendragon

Baterilla Island, um lindo lugar para se viver. Era fim de tarde, a brisa forte varria a praia e o azul celeste cedia espaço para tons alaranjados no céu. Lá estava eu, contemplando o esplêndido pôr do sol. Era o melhor horário do dia para estar ali, ainda mas quando seu objetivo consiste em roubar um navio pirata. Era inegável que a vista estava maravilhosa, mas isto era apenas um mínimo detalhe.

— Acho que roubar de piratas não tem problema nenhum, não é mesmo, Josefa? - dizia para a linda moça que me acompanhava, sentado naquele rochedo a alguns metros de distância da praia. Ou ao menos era ao menos alguém que minha cabeça imaginou sendo minha companhia. — Depois eles roubam outro, e assim vai, num ciclo vicioso... Até que alguma tripulação morra. Piratas são estranhos.

— O senhor não se inclui? - indagou-me, a voz que vinha do além.

— Claro! Mas quem disse que o estranho não é bom? - gargalhava, de maneira quase cínica.

Apanhei meu capuz com ambas as mãos, e o vesti na cabeça, escondendo minha identidade. Meu rosto se tornava apenas uma sombra, e meu corpo estava coberto quase que por inteiro. Apenas observava de relance com meus olhos qualquer movimento suspeito.

Health Points (HP): 75 HP
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Vantagens:

Considerações:

O alvorecer

Após o garoto cobrir sua cabeça com o capuz, a brisa do vento bateu mais e o forçou a segurar o capuz. Momentos depois, um barulho vindo do porto quebrava o silêncio e o canto dos pássaros.
O som dos passos ficava cada vez mais alto, momentos depois, cinco piratas apareceram no Deck do navio, três deles se despediram e saíram do mesmo.
Os piratas seguiram em direção a cidade, provavelmente em busca de alimentos e rum, enquanto os outros dois voltaram para o navio.

Because? Because i can

Mais fácil do que esperava, de fato. De cinco, se reduziram em apenas dois. Provavelmente, os outros três voltariam com mantimentos para o meu futuro navio, em não muito tempo, pois acredito que não gostariam de ficar vagando a noite pela cidade.

— Cara Josefa, eis aqui meu dia de sorte. Adeus. - com um sorriso de canto.

Assim que certifiquei-me de que os piratas que desceram em terra firme não tivessem mais a visão do barco, pude levantar e caminhar ao barco. Passos calmos, serenos, deixando algumas marcas de pegada na areia da praia. Se pudessem me ver indo até eles ou não, pouco me importava. Meu objetivo era justamente que me vissem, afinal.

Em primeira etapa, avaliaria o navio. Quais suas condições? Aparentemente tinha capacidade para quantos? Havia algum poder de fogo? Era coisas como estas que visava descobrir, porque não me desgastaria por pouco coisa. E depois, simplesmente subiria pela mesma prancha que os piratas haviam descido, e exclamaria:  

— Olá, meus futuros companheiros. Me chamo Joe, e estou a procura de uma tripulação. - meus braços levantados para cima, como de quem está em paz — Garanto que posso ser útil a vocês. Me dêm uma garruncha e posso acertar até mesmo acertar três daqueles pássaros que sobrevoam sobre nós, com um tiro só.

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O alvorecer

O vento continuava forte, parecia ser a sorte de Petter naquele momento. Analisar o barco não demorou muito e foi de fato, fácil. O barco tinha porte para seis membros e possuia apenas um canhão de pequeno porte no convés dos canhões. Ao topo do mastro uma bandeira balançava ao vento, nela tinha o desenho do grupo de piratas.
Depois de fazer barulho por fora do navio, rapidamente os piratas que ainda estavam no mesmo saíram rapidamente para averiguar o que estava acontecendo e deram de cara com Petter.
Petter tentou ser comunicativo mas foi interrompido logo nas primeiras palavras.

— Cale a boca, moleque. Nós não estamos interessados. — Gritou um dos piratas. — Saia do navio ou nós seremos obrigados a tira-lo a força. — Completou o outro enquanto puxava uma espada da bainha.

Because? Because i can

Esta geração atual não sabe mesmo ter educação. Suspirei profundamente, decepcionado com aqueles dois. Seria mais prático algo mais pacífico, mas infelizmente terei de fazer o que estava me segurando pra fazer.

— Nem em dois vocês vão ser suficiente, mesmo. - debochando, apenas para provocar. A intenção era usar de minha acentuada visão para procurar qualquer coisa que realizasse alguns disparos no local, nem que fosse um arco e flecha, embora a prioridade fosse uma garruncha. Garrunchas sempre foram tão legais.  

Avancei em direção ambos numa corrida com equivalente metade de minha velocidade total. Era incrivelmente rápido, e só metade do meu potencial seria o suficiente para assustá-los, mas queria acabar logo com aquilo para poupar forças para quando os reforços chegassem. Assim que percorresse dois terços da distância total entre nós, saltaria na diagonal para a direita e, flexionando meus joelhos, explodiria em velocidade total a eles. A intenção era pegá-los de surpresa e acertar um soco no que ainda não havia reconhecido a arma. Levando em consideração que estavam próximos, usaria da minha elevada agilidade para que, no momento do ataque, tentasse apanhar a katana do homem armado - ou poderia trocar de alvo, dependendo da arma do outro companheiro, caso a reconhecesse. Ou seja, minha investida era numa direção para que pudesse passar pelo meio dos dois, e continuar mais alguns metros a frente para me distanciar e talvez apanhar alguma coisa que estivesse na embarcação de utilidade para o momento.

— Infelizmente, não sou pra lá de forte. Mas deixe-me apanhar uma lâmina e vocês vão ser picados sem nem saberem de onde veio os cortes. - e simplesmente esperaria a reação deles.

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O alvorecer

Utilizando sua velocidade, o novato Petter conseguiu surpreender os piratas inimigos, tamanha essa que os deixou imóveis por alguns segundos. Os olhos de Petter buscavam algo que atirasse um projétil e ele não demorou a ver, no sinto do homem que portava a Katana ainda havia uma garrucha, antiga, mas havia.
Petter apanhou a arma no cinto do pirata que se espantou com a velocidade do rapaz e recuou.
O outro pirata ignorou completamente o fato de Petter possuir uma arma no momento e avançou com a guarda erguida. Assim como o garoto, ele era rápido e chegou a uma distancia segura para realizar socos em segundos, primeiro um Jab de direita e seguiu com um cruzado na altura da cintura, afim de acertar a boca do estômago do rapaz.

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Olhei de relance a arma que estava em minhas mãos. Julgando pelo peso, não sabia definir se estava por inteira carregada ou não, mas as chances de terem ao menos umas três balas ali eram altas. Infelizmente não teria nem mesmo o tempo de conferir, porque estava com um problema vindo em minha direção, e ele era rápido. Mas pra tudo existe um jeito, não é mesmo?

Antes que ele pudesse chegar a mim, ergui minha nova arma em sua direção, e mirei. Talvez tenha rapidamente arrastado o pé para o lado para uma melhor angulação, nem pude perceber no calor do momento. Num apertar do gatilho, uma bala estava indo diretamente ao meu oponente. O objetivo era que ambos pensassem que o meu alvo seria o que avançava contra mim, de guarda aberta, que seria o mais óbvio. Mas o espadachim não esperaria um tiro mirado direto em seu peitoral. A angulação era perfeita para que o tiro passasse a poucos centímetros do lutador, para colaborar com a enganação. Estava vendo o quanto o lutador seria desafiante, mas não sabia o potencial do espadachim, então prevenir seria a melhor opção.

Acertando ou não, teria uma outra preocupação. O chato de se lutar contra um oponente com as mesmas características marcantes que a sua era que o combate poderia facilmente se tornar maçante. Ele era rápido para atacar, eu para defender, e vice-versa. Uma troca de golpes físicos seria praticamente de quem duraria mais tempo, por exemplo. Mas detalhes a parte, estava certo de que iria esquivar-me. A cada tentativa de golpe que ele tentasse, seria um pulo para trás, em velocidade máxima. Como base, manteria meus joelhos um pouco afastados e bem flexionados, tendo uma melhor impulsão. Assim que eu percebesse a pausa no ataque, rapidamente fingiria um soco que buscasse o seu peitoral, na posição onde fica o coração. Como era ele quem estava atacando, um rápido contra-ataque diminuiria suas chances de esquivas. E se ele tentasse defender, ou não conseguisse reagir, booom: um tiro logo lhe atravessaria.

— Messias, esses caras não tem jeito. - debatia com meu companheiro ao lado. Ele flutuava poucos centímetros do terreno, e não tinha pés. Mas ninguém se assustaria, já que era provavelmente ninguém mais o veria, além de mim.

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O alvorecer

A tomada de decisão de Petter foi realmente importante para que ele pudesse garantir sua vida, o tiro disparado contra o espadachim — que não esperava — o acertou em cheio no peito, fazendo-o cair sobre o Deck. Por outro lado, Petter sentiu um impacto em seu rosto, uma mão pesada acertava seu queixo com certa força e o jogava para trás, Petter cambaleou alguns passos, tentando ficar em pé.

Ele havia eliminado um inimigo, mas o outro era um exímio lutador de boxe. Sem dar espaços para respirar, o lutador continuou sua iniciativa, jab, jab, direto, upper e um elbow, todos buscando acertar o rosto do garoto para leva-lo a um nocaute. A velocidade do jovem pirata era um pouco superior a do lutador, ele conseguia desviar de alguns golpes e outros passavam de raspão pelo seu rosto.

— Até que para uma criança você é bem rápido. — Confirmou o lutador, tentando distrair Petter enquanto tomava a iniciativa novamente, desta vez mudando seu padrão de ataque, começando a utilizar chutes também. Ele usou de sua velocidade para aproximar-se novamente do garoto e iniciou a luta com a tentativa de um low kick na coxa direita do rapaz, logo, saltou para o lado em um deslocamento de peso e buscou acertar um super man punch direto no queixo de Petter, para derruba-lo

Status Petter:

Status NPC :

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Aquele cara era um grande filho da puta. Já não me importava mais em talvez pendurá-lo de ponta cabeça e enche-lo de porrada, como se faz com um saco de pancada. Tudo bem que era apenas um soco, mas era um soco em mim. E algumas coisas não merecem perdão.

— Qual o castigo que este cara merece, heim? - questionava Messias com a voz um pouco abafada, por estar em rápido movimento, desviando de alguns golpes direcionados a mim.

Houve uma pausa, que fora o suficiente para mim me repor. Percebi que ele abriria sua matraca, e antes mesmo que pudesse ouvir as palavras daquele homem que não merecia respeito algum, tentei desferir um quase soco em sua cara, como se quisesse achatar o nariz dele. Mas, novamente, tentava a mesma estratégia: era apenas encenação para que eu pudesse ter um tiro certeiro, queima-roupa. E era prático. Caso ele tentasse defender o suposto soco, seria com certeza atingido. Se ele tentasse evitar, estaria com a mão oposta preparada para dar-lhe um soco na boca do estômago. Se ele tentasse sair do curso, apenas atrasaria o tiro por alguns milésimos de segundos até saber para qual direção ele iria, para então disparar.

— Sua vida não tem nenhum sentido, amigo. Estou apenas lhe enviando para um lugar melhor. - e em seguida, sussurraria próximo ao seu ouvido, na distância que parasse-se mais segura — Para o fogo do inferno.

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